Podia estar sozinha
ou ser só.
Podia ser multidão
ou somente companhia.
Seria o que quisesse.
Transformava sonhos,
coração.
Era do fogo,
mas se diluía como água.
Dona dos ares,
ventania.
Sabia pisar no chão:
tirava da terra sua emoção.
Pés descalços,
seu caminho era certo,
seu destino
ela o fazia.
Pouco a pouco,
com cuidado,
desconfiada,
atrevida,
tinha nela
ousadia.
Era fera
ou mulher;
felina ou menina,
ser encantado.
Dona de suas vontades,
não tinha limites,
não podia ser presa:
sua jaula era o mundo
que ela fazia.
Sua vida,
uma estrada;
seu alimento;
versos de poesia.
nov 11 2018