Dancemos!

Dancemos.
Esvoaçando no ar,
voando sobre o mar,
girando por todo lugar.
Gravemos no ponto mais alto
nossa história de amor.
Dancemos.
Enfrentando fronteiras
sem luta ou rancor,
levando nossa bandeira
em ritmo de amor.
Que a leveza da dança
desfaça a dureza da dor.
Dancemos.
A dança dos cisnes.
E antes que a água se tisne
e a morte leve um de nós,
que ela nos leve a ambos,
dancemos.
Multipliquemos nossos passos
invadindo espaços
à medida da dimensão de nosso amor
e entre montanhas,
jardins e nuances
demos mais ênfase ao nosso clamor.
Dancemos,
deslizando por rios serenos,
cascatas brancas que entoam a paz,
cantemos a mesma canção
das águas dançantes
em tons bem iguais.
Dancemos
o bailado dos flamingos
em busca da alma gêmea,
santuários e cenários lindos,
incompatíveis à insensibilidade humana,
sublimando nobres sentimentos
antes do acasalamento.
Dancemos.
Cirandas da vida,
retratos de emoções,
ao som de melodias que vêm do coração
ao tecer coreografias plenas de poesias
onde o amor acontece sem nenhuma utopia.
Dancemos.
Deixemos falar a expressão da alma,
mostremos nossa transparência,
curvemo-nos em reverência
ao amor!