Labirintos!

Às vezes me perco,
nesse labirinto de mim.
Procuro nas curvas,
nas esquinas,
nos cantinhos
escondidos da alma
por momentos
que me tragam a calma,
que me devolvam
a leveza dos dias.
Procuro e procuro
e, enquanto vasculho,
busco a magia.
Levo estrelas nos olhos
e olho por todo lado.
Ilumino o caminho
com o verde esperança,
da relva macia,
das folhas e ramos,
do lume dos pirilampos,
e sinto que me encontro
nesse meu labirinto.
É só olhar para dentro e ver
o que apenas eu sei
o que apenas eu sinto.
E sei
onde tudo se esconde,
onde começa
e por onde andei,
até onde quero que vá,
por onde quer que eu ande.
Pois sou o início,
sou a estrada
e o olhar.
Sou o caminhar sem pressa,
sou o trajeto que escolho,
sou a próxima parada
onde me recolho
e me encontro.
E, por fim,
sou o destino de mim.