Não tem nome
a silhueta que se esgueira entre destinos.
Não se sabe se essa sombra
que passeia no escuro da insone noite
carrega em si nuances de adulta ou de menina.
Não tem rosto
os rabiscos que se movem na folha branca,
incógnitos entre as dores mais doídas,
seguindo na pauta do tempo que urge.
Encontro alma,
com rimas ou sem
que, no velho sistema,
dão as cartas nos jogos da emoção.
E sem nome,
sem rosto,
seguem falando o que diz meu coração.
nov 11 2018