Quero palavras despidas
e versos ao natural.
Rimas não são exigidas,
mas, se rimar, não faz mal.
Quero a essência da poesia,
não importa que seja dolorida,
expressando agonia ou alegria,
arte que não me deixa oprimida.
E, na essência das palavras,
quero liberdade e precisão,
e que meus versos criem asas
fazendo do poema imensidão.
Versos alados rumo ao infinito.
Criá-los me deixa repleta:
é um relicário o meu manuscrito,
traduz minha alma irrequieta.
E, numa constante procura,
solto meus versos alados
onde as palavras, uma a uma,
buscam outros significados
que não estão no dicionário.
Por onde volitam
mesmo no mundo imaginário.
Nossas quimeras,
os versos realizam.
dez 05 2018