Desencontro!

(…)

Hoje eu queria me desprender
e comigo mesma falar.
Dizer-me as palavras certas,
tão difíceis de encontrar,
se não se sabe onde o certo cabe
ou se minh’alma o acatará.
Abraçar meu próprio eu,
na mesma taça de vinho brindar
um possível recomeço
sem vontade de chorar,
sem carência de carinho,
sem urgência do cantinho,
lugar para se isolar.
Dizer que o sonho permaneceu,
que eu ainda sou eu,
vida que requer vida,
alma que prometeu
unir os meus distantes eus.

(…)