Leva-me!

Leva-me!
Serei uma fresta,
uma nesga,
uma brecha,
um atalho costurado em teu caminho
o silêncio disfarçado,
um pergaminho.
Se, por acaso, te perderes no ocaso
e te cegares o breu da escuridão
posto-me à frente agora,
sem demora
e me dou-te em poesia,
a mais bela criação.