Abre a janela.
Da alma e do mundo.
Lá fora o sol espelha.
Reflete o rosto dela.
O movimento da vida
convida a andar.
O som da natureza
chama sem falar.
Os jardins oferecem mel
de seu labor.
Flores se dão,
imensidão.
Captam olhar,
a mais recôndita emoção.
O perfume exalado inebria,
percorre caminhos intransitáveis.
Borboletas voam bailados,
esnobam cores,
suavidade,
sedução,
pecados.
Colibris levitam arrebatados.
Girassóis dispensam o sol,
adornam o redor
de seu cabelo.
Sobre a relva molhada,
os pés descalços
descarregam o stress
da jornada.
O horizonte beija a terra.
A noite vem cobrindo o sol.
Hora do arrebol.
Da nostalgia.
Não é noite nem dia.
Não espera a lua.
Nem sabe se virá.
Só a realidade
e o encantamento
de ter vivido o hoje.
ago 10 2022