Categoria: Poesias

Mudanças!

Um dia tudo muda, os bastidores revelam o lado real: o fantástico se torna banal, os valores se desgastam e os que restam, agarram-se no ar. A ciranda perde o encanto não canta, não anda, não quer mais girar.

Livre!

Solto as rédeas. Deixo o pensamento comandar o momento. O importante é me entregar, decolar desse porto sem cais, abandonar o navio, o vazio, caóticas e insolúveis situações. Ir onde ele bem me levar sem temer o que virá, o que verei, o que será. Sortear direções, represar previsões que erram à todo instante incorrendo …

Continue lendo

Aos Enamorados!

Hoje rimas reclamam versos: bailam pelo ar dissimulando os queixumes. Flores realçam cores e perfumes e se revestem das belezas do universo. Hoje, as dores pausam, secam o seu pranto, esquecem suas causas, silenciam ante a canção anunciando festa e festejam a vida que se manifesta. Hoje, o amor exerce seu poder e com força …

Continue lendo

Insana!

E ela renasce a cada fase da lua: rouba-lhe o brilho e lhe ofusca o luar, percorre as estrelas seu insano olhar e penetra o negro véu, indo além do céu. De seus lábios um balbucio visceral profetiza um tempo que jamais haverá igual. De repente, dança em estranho ritual e a cada passo avança, …

Continue lendo

Despedida!

Tempo de ir se despedindo da vida, aos poucos, sem pressa nem letargia, gerúndio a divagar em qualquer tempo colhendo a safra mais esperada, saboreando o fruto doce e oriundo de muitos outonos belos e profundos lacrados na memória, na história perpetuada de essências vibratórias, construída à duras penas ou em situações amenas, em que …

Continue lendo

Caminhos!

Piso caminhos intransitáveis, em chãos impalpáveis entre paisagens jamais tocadas ou maculadas pela vil exploração, domínio de reles conquistas, vítimas de cruel exacerbação. Onde ninguém se atreveu sem pesar o que perdeu, ou se perdeu. Abraço o desafio da entrega, desbravo a terra, saúdo o alvorecer, bendigo as flores, os amores, o entardecer, os espinhos …

Continue lendo

Tempos Conturbados!

Nesse tempo de rapidez tamanha, de não mais saber onde mora o longe, da tecnologia que nosso ar respira e o pensar expira, pois a tudo ela responde. Da compulsão de olhar para uma tela fria causando estragos, mentes doentias, largando um mundo inteiro para lá, juntando distâncias que se percorria com a emoção de …

Continue lendo

Manhã!

Amanhece. Entrego-me aos braços da manhã confiante na luz a me banhar clarão. Aninho-me em seu colo. Decolo. Alma desprendida alcança o céu e o traz para dentro de mim, o faz fazer parte de mim, liturgia ungida de sacramentos. Portas abertas, meu corpo é templo a contemplar a letargia do momento sacro, na fé …

Continue lendo

Madrugada!

Sou mais a madrugada arredia, que não é noite nem é dia. É orvalho e alvorada, oração intercalada no silêncio que prenuncia o novo que virá. Sou a madrugada interposta, mediando o morrer da lua e o nascer do sol a deixar no ar um ar de o que será? O abandono, onde todos vestem …

Continue lendo

Contraversões!

Em qual versão me perdi? Foram tantas que vivi, expostas e inconvincentes. Talvez em todas ou nenhuma. Ou, quem sabe, na tradução que imaginara ser tal qual o meu perfil. Porém, ele se modificara de acordo com os traslados dos dias a interferirem na alma, seguindo a revolução decorrente dos fatos que lacram, decepam, descartam, …

Continue lendo

Carregar mais