Categoria: Poesias

Liberdade!

Se faz presente, a liberdade. Onipotente. Súbita. Inopinada. Tão esperada! Em tons de imensa beleza, real singeleza confronta a escuridão da dor. Luz incandescente! Traz esperança. Desativa fendas expostas em solo árido da alma, do ventre, da gente. Pousa em duras pedras. Semeia pétalas. Deixa a abstração, grades de prisão. Metamorfoseia, (e)feito borboleta! Convida a …

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Mudança!

Abandona o cais. Navega. Engole os ais. Enfrenta as tormentas. Tu és capaz. Sai do ventre, rompe a bolsa. Desliza com a expulsão. Respira. Chora. Esperneia. Acata os desígnios da vida. Ela convoca; não convida. Supera idas e partidas, adeuses e despedidas. Recolhe os sonhos. Ainda há. Basta acordá-los e viajar. Escancara a janela. Observa …

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Eclipse!

O sol espia, provoca. inunda, fecunda. evoca, alcança cá, acolá, menos o aqui. Não há como alcançar nem mesmo um raio consegue chegar lá. O girassol se mostra, aposta na manhã, no dia que será. Sob comandos solares põe à prova sua liberdade e se prostra nos lugares a girar. Coração carente, irreverente, não vibra. …

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Indelével!

Não importa se o aço corrói, se o tempo maltrata, se a vida quase escapa. Na estética da flor sempre haverá doçura, uma doce ternura: imaginário do amor, indelével fluidez.

Encontro!

Tão bom nos lembrar tão meu, tão sua: formas enlaçadas almas cúmplices. Tão bom te ter, tão bom te ser: pequenos sóis, delicadas luas, desejos compartilhados, ternuras entrelaçadas.

Medo!

De despir-me das vontades e nua de desejos e ensejos perder minha identidade. De desistir dos sonhos e me imbuir de marasmos, cultivando um amanhã enfadonho. De mergulhar no vazio; dele não conseguir sair e por mais que eu tente, nele persistir. De perder a inspiração, vítima da síndrome do papel em branco e fragmentá-lo …

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Pausa!

Hoje resolvi pausar. Fico aqui e deixo o mundo para lá. Estática, vejo-o rodar. Livre, com a sensação de não estar. Leve é a impressão de levitar. Ser (im)pensante, esquecida do instante, Isolada do que não posso transformar. Me volto para mim. Sou corpo no vácuo despejado por alguma turbulência. Não clamo por sobrevivência. Não …

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Borboleta!

Se faz presente a liberdade. Onipotente. Súbita. Inopinada. Tão esperada! Em tons de imensa beleza, real singeleza confrontando a escuridão da dor. Luz incandescente traz esperança. Desativa fendas expostas em solo árido da alma, do ventre, da gente. Pousa em duras pedras. Semeia pétalas. Deixa a abstração, grades de prisão. Metamorfoseia, (e)feito borboleta! Convida a …

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Sina!

Pleno de silêncios um poema vermelho se avoluma insensato no clamor da poesia. Palavra em queda livre proclama danos em questionamentos íntimos escritos na areia. Um poema vermelho pleno de amanheceres se avoluma infinito no clamor da poesia. Sedento de madrugadas, desnuda-se em cálida ousadia metáfora suicida a acalantar destinos.

Verbo!

Feres feito espada cravada no peito. Tu, verbo clandestino, que sem pudores revela o destino. Maldito, bendito, consciência do infinito. Não deixas meu sono tranquilo: apontas meus desencantos, com teu verbo santo. Tu, verbo da glória e meu profundo grito. Hemorragia de letras espalhadas em meu ventre. Tu, verbo imoral, navalha da língua, verso decisivo. …

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