Categoria: Poesias

Amor de mãe!

Fala-me com doçura. Necessito embalar-me em tua paz. Momentos de brandura, que só tua presença traz. Ajuda-me a renascer. Já morri tantas vezes. Ensina-me a viver. Quero voltar a crer. Abraça-me com ternura e no mesmo compasso da mesma emoção, sejamos um só coração. Afasta-me dos medos, sombras e fantasmas que impedem meus passos, sufocando …

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Lamento!

Lamento pelo inconcebível, pelo incabível, pelo que poderia ser e não foi, pelo que foi e não se pôde mudar. Pelo desamor, pelo botão de flor, pelo não desabrochar. Lamento a inocência perdida, imagem denegrida arremessada, distorcida, cotidiano da vida. Lamento pelo vandalismo, pelo desprezível e insano cenário de desafeto humano. Lamento pela fome doída, …

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Crepúsculo!

Observo o crepúsculo: perco-me em cores, lanço-me ao infinito retiro-me do mundo em alma e pensamento que, ao corpo se fundem, numa leveza irreal. Esqueço o que é finito no encontro com o surreal, tonalidades múltiplas ofertadas pelo céu. Misticismo que palpita, magia que convida a repensar a vida, revertendo o papel a viver o …

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Peregrinação!

Vamos sair. Andar a esmo sem o tempo a perseguir, o tique-taque dos minutos feito bomba-relógio prestes a explodir. E mesmo não sabendo onde ir sigamos qualquer direção, por ali, por lá, mais além. Sem porém. Ouçamos a emoção, bússola na peregrinação das incertezas de se chegar. Nosso olhar falará por nós, guardemos na alma …

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Verdor que salta!

Inminencia, celeste inminencia de días que son pájaros, de pájaros que son venas. Frescas corolas que se imantan más allá de mi abismo. Un ritmo aparte que mitiga la ausencia en que me hallo. Algo como un dolor que acorta la distancia del cielo. Tendré un nuevo ser. Un ritmo cenital que me hace libre …

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Entrega!

Entrego-me ao crepúsculo das horas, ao tempo que não se demora, ao sonho impalpável irrompido da aurora onde minhas mãos resvalam, tremem, teimam, demoram pelo cansaço da persistência. Entrego-me ao intransitável, às lonjuras sem demarcação a transitar minha existência, minha solidão. Às veredas purpurizadas, aos canteiros de jasmins, às belezas não sondadas que não vejo, …

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Teu silêncio!

Olho-te bem devagar. Há sempre uma verdade a ser descoberta, uma porta fechada, uma janela entreaberta, uma luz apagada, um brilho varando pela fresta. É preciso desvendar detalhes, tocar teus limites, trocar nossos olhares, concedermo-nos nos ver e até onde me permites conhecer o que omites, o que não deixas transparecer. Tatear o que me …

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Eutanásia!

Hoje minha poesia está só. Triste, pede para morrer. Não quer mais se atrever, não quer mais voar. Pede-me eutanásia. Cansou de se expor, gritar de canto a canto o desencanto que a fez vibrar, levar aos quatro cantos a arte de amar, mostrar-se vulnerável à dor, e toda a fragilidade carregada de verdade manifestada …

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Poder!

Poetiza-me. Deixa-me respirar teus versos. Livra-me dos poderes adversos. Percorre meu interior. Descreve-me em toda versão. Divulga-me assim. Mora na calma da paz de um coração a pulsar, das manhãs, a canção. Vive teus momentos em mim. Inspira-te em sentimentos que falam do amor que evolui e constrói. Me reconstrói. Sou fruto de sensibilidades, poço …

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Saudade!

Desmaia-me o espírito no tempo, dilui-se a vontade em cada dedo da minha mão. O olhar, vago de ontem, cerra-se no amanhã pelo receio de não sentir. Escorrega-me a força do abraço que carrega os sonhos, e se vão transformando em utopias ocas, frágeis, solitárias e tantas vezes cruzadas com o desespero da incerteza, a …

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