Mundo!

Sem passaporte,
confiando na sorte,
meio que se atropelando
entre atropelos vagando,
junte o que pode juntar
e se embrenhe pelo mundo
vasculhando o vazio e o fundo,
indo aquém e além
do que se possa imaginar.
Caminhadas aceleradas,
um ir e vir sem definição,
sem mudanças,
mesma direção.
“Mens(in) sana in corpore (in) sano”
pisando o sagrado,
driblando o profano,
finitos e infinitos superando
sempre viajando,
perdendo-se em labirintos,
achando-se em círculos,
movimentos cíclicos
que levam ao mesmo lugar:
da chegada,
da partida?
Quem há de saber?
Tanto faz!
E nessa roleta-russa
denominada vida,
há o certo e o incerto
e também a sobrevida.
Um jogo de azar,
a bala não perdida,
cartada preestabelecida,
vitória favorecida.
Sorte?
Única certeza:
Morte!