Arquivos de março 2021

Devaneios!

Aparta-se dos sonhos. Acomoda-se na angústia de ser quem não é. Deixa que a fragilidade se expanda como quiser. Não sabe como torná-los palpáveis. O medo de parecer diferente, destoar-se perante toda a gente vivendo a mesmice peculiar do lugar ganha a frente, imponente. Entrega-se ao pleonasmo repetitivo de dias iguais. Desiste dos sonhos. Sonhar …

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Tu podes!

Poetiza-me. Deixa-me respirar teus versos. Livra-me dos poderes adversos. Percorre meu interior. Descreve-me em toda versão. Divulga-me assim. Mora na calma da paz de um coração a pulsar, das manhãs, a canção. Vive teus momentos em mim. Inspira-te em sentimentos que falam do amor que evolui e constrói. Reconstrói-me. Sou fruto de sensibilidades, poço de …

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Hoje!

Fico aqui e deixo o mundo para lá. Estática, vejo-o rodar. Livre, com a sensação de não estar. Leve e a impressão de levitar. Ser (im)pensante, esquecida do instante, Isolada do que não posso transformar. Volto-me para mim. Sou corpo no vácuo despejado por alguma turbulência. Não clamo por sobrevivência. Não chego a ser pânico …

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Busca!

Busquei na transparência da manhã motivos para desencadear o riso ante a melancolia exposta em cada rosto, a reviravolta de um ideal deposto, como se fora um grito de agonia, um pedido de socorro, uma premonição, um aviso. Busquei no matiz das cores flores para enfeitar o dia, mas o encanto se murchou junto à …

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Quase!

Quase me deixei levar sem ponderar o certo ou o errado, mas o destino tinha o não tramado e entre o certo ou errado o nada aconteceu. Quase gritei meu sentimento no ápice das emoções incontroláveis, mas fiz falar o meu silêncio. Retrocedi ao arrebatamento. Quase consumei cada momento a crescer na volúpia do voraz …

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Navega!

Vai, adentra as brumas do oceano, desvenda-lhe os mistérios, arranca-lhe os panos, envereda em seus encantos reais e surreais, constrói os seus castelos, povoa-os de ideais e volta para me buscar.

Talvez!

Talvez o tempo reverta a descrente esperança em certeza e me traga a surpresa de um bem inesperado que nem sempre se alcança. Ou o amanhã retroceda ao ontem ininterrupto que se estende ao futuro. Caminho escuro. E tudo fique na mesma. História que tento mudar, rima que não quer mais rimar, poesia que já …

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Mundo!

Sem passaporte, confiando na sorte, meio que se atropelando entre atropelos vagando, junte o que pode juntar e se embrenhe pelo mundo vasculhando o vazio e o fundo, indo aquém e além do que se possa imaginar. Caminhadas aceleradas, um ir e vir sem definição, sem mudanças, mesma direção. “Mens(in) sana in corpore (in) sano” …

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Sonho!

Era um sonho inatingível, fora da realidade, das possibilidades de quem só sabe sonhar. Trancado à sete chaves em um cofre no fundo do mar, um mundo à parte imergindo dons de voar, desses que ninguém invade sem estar apto para tanto, guarnecido de encantos, de sentimentos tantos nascidos do âmago para se soltar e …

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Escrevivendo!

Escrevo o dia que se abre e toda a sensação que me invade ao sentir que nunca é tarde e a vida me chama para recomeçar. Escrevo o ato que se predomina ao escrever definitivamente o fim ou inevitavelmente o começo e tende a se emaranhar nas entrelinhas. Escrevo o crível do tosco monjolo ao …

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