Arquivos de julho 2021

Mudança!

Abandona o cais. Navega. Engole os ais. Enfrenta as tormentas. Tu és capaz. Sai do ventre, rompe a bolsa. Desliza com a expulsão. Respira. Chora. Esperneia. Acata os desígnios da vida. Ela convoca; não convida. Supera idas e partidas, adeuses e despedidas. Recolhe os sonhos. Ainda há. Basta acordá-los e viajar. Escancara a janela. Observa …

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Ausência!

Ela dançava, ela sorria, ela esbanjava sua alegria. Ela nascia, ela morria e renascia co’a flor do dia. Ela vertente, ela nascente, leito e percurso da poesia. Corria mundos. Não poderia não fosse o dom da inspiração. Varava sóis, cobria luas nas fases frias de noites nuas. Ela esboçava e coloria os muros cegos de …

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Desenhei-te!

Desenhei-me de ti. Soletrei tuas palavras. Embriaguei-me do teu falar. Bebi tuas promessas. Acreditei no teu alinhavo. Naveguei nos teus sonhos. Me fiz amor. Deitei sobre a paixão. Fui verdade. Senti teus beijos. Enlacei-me nos teus abraços. Desejei teu calor. Queimei-me de prazer. No desejar, sorvi o vinho. Embriaguei-me de teus sorrisos. Vivi a ilusão, …

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Permita-se!

Sem medo, ame! Somos o fogo dos nossos anseios. Deliramos em nossos desejos. Buscamos a felicidade. Queremos a paz, o amor, a alegria. Precisamos nos permitirmos ser, inspirar canções, cantar! Balançar a rede. Sublinhar os momentos. Apreciar o nascer do sol. Ser nuvem, calmaria. Sentir o frio do luar e a névoa que a cobre. …

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Pacto!

Compactuo comigo mesma. Coloco um filtro na realidade onde os sonhos mais urgentes não querem acordar. Purifico o que pode penetrar e me fazer melhor. Nada é pior que não tentar. Deixo levezas umedecerem o pó, lugares onde a aridez gerou trincas e a dor se infiltrou sem dó. Barro excessos. O peso torna-se indigesto, …

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Mudanças!

Um dia tudo muda, os bastidores revelam o lado real: o fantástico se torna banal, os valores se desgastam e os que restam, agarram-se no ar. A ciranda perde o encanto não canta, não anda, não quer mais girar.

Livre!

Solto as rédeas. Deixo o pensamento comandar o momento. O importante é me entregar, decolar desse porto sem cais, abandonar o navio, o vazio, caóticas e insolúveis situações. Ir onde ele bem me levar sem temer o que virá, o que verei, o que será. Sortear direções, represar previsões que erram à todo instante incorrendo …

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Aos Enamorados!

Hoje rimas reclamam versos: bailam pelo ar dissimulando os queixumes. Flores realçam cores e perfumes e se revestem das belezas do universo. Hoje, as dores pausam, secam o seu pranto, esquecem suas causas, silenciam ante a canção anunciando festa e festejam a vida que se manifesta. Hoje, o amor exerce seu poder e com força …

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Insana!

E ela renasce a cada fase da lua: rouba-lhe o brilho e lhe ofusca o luar, percorre as estrelas seu insano olhar e penetra o negro véu, indo além do céu. De seus lábios um balbucio visceral profetiza um tempo que jamais haverá igual. De repente, dança em estranho ritual e a cada passo avança, …

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Despedida!

Tempo de ir se despedindo da vida, aos poucos, sem pressa nem letargia, gerúndio a divagar em qualquer tempo colhendo a safra mais esperada, saboreando o fruto doce e oriundo de muitos outonos belos e profundos lacrados na memória, na história perpetuada de essências vibratórias, construída à duras penas ou em situações amenas, em que …

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