Arquivos de janeiro 2022

Sem Poesia!

Quando acabar a emoção, preponderar a razão, traçarei a minha trilha. Nenhum envolvimento que arrebate, nem a luz que da estrela brilha, nem tudo que se interpõe, de repente, no caminho, e nos propõe um embate, pressionando-me a indagar: fico ou me deixo levar? Nada me fará parar! Quando não houver mais emoção e puder …

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Transformação!

Retira o cinza da vida, pinta-a com a leveza das cores: suaves, amáveis, amenas, penetráveis à alma, apenas, à espera do facho de luz que conduz, estimula à calma e induz ao encontro da paz. Enxuga o pranto salgado molhando o rosto cansado. Mostra que sabes sorrir. Inventa motivos. Eles hão de vir enterrar os …

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Percalços!

Agora que já fomos tão longe, enfrentamos temporais, sufocamos nossos ais, amparamo-nos, um ao outro, nas derrocadas. Choramos, dançamos, demos gargalhadas, brigamos como todo casal normal. Amamo-nos e feito cúmplices, em segredo, guardamos em silêncio nossos momentos. Inesquecíveis momentos. Os mesmos que agora jogas para o ar esperando que o vento os venham dissipar. Agora …

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Espelho!

Que espere a emoção! Dê-me um tempo a inspiração. Rasa de sensibilidade, encontro-me com a verdade de cara lavada sem máscara ou vaidade frente ao espelho. Quem sou? Ele nunca revela. O lado que mostra é o que me prostra e o que todos veem. Retrato mal formulado, moldura sem essência: minha passiva armadura, defesa …

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Busca!

Busco o sonho guardado em uma esquina qualquer do tempo. Com um sopro, o faço reviver, após anos de cárcere privado, vindo agora me surpreender, realizando o desejo mais esperado. Traz o hoje, presente embalado pela essência do inesperado: a certeza do que se pode viver, descartando desperdícios de instantes fracionados e contados, mofados pelo …

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Sem direção!

Aponta-me um caminho: de pedras, de flores, de espinhos. Mostra-me a direção, uma pista, um traço, um vão. Devolve-me ao ninho, devastado pelas incertezas das convicções embusteiras, armadilhas traiçoeiras plantadas para depredar o espaço onde piso os pés andando ao revés sem nunca chegar. Ilumina a escuridão da sombra que anoitece meu itinerário: quero ver …

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Coragem!

Faz acontecer, vibra diante da vida lá fora, encoraja-te, vai embora, segue o ritmo das horas, emociona-te a cada instante, chora, ri, grita, bebe um espumante, celebra o release antecipado, canta a reviravolta do momento, pisa o reprise ultrapassado, vive o novo enredo sem revolta, sem volta, sem ai. Simplesmente, vai. Coragem!

Chegada!

Chegaste em um dia qualquer de uma certa estação. Sem aviso, sequer, nenhuma empolgação, como quem chega sem querer, dissimulando o querer ficar. Como um bem maior, um privilégio, presença indispensável, sortilégio, burlando o fuso horário, mudando o calendário, o itinerário, a hora, o fadário, senhor absoluto do tempo. Chegaste. Surpreendendo a manhã ao entregar …

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