Vânia Ortiz

"Everything may be for a while."

Publicações do autor

Estratagemas (a vida em ão)

Perco o chão prendo a respiração ouço meu coração. Vibro de emoção, morro de paixão, transbordo excitação. Canto uma canção, toco um violão. Digo sim e não qualquer que seja a razão. Fico na solidão só, na imensidão. Grito um palavrão em prol da libertação. Saio da prisão: o sol embaça a visão habituada à …

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Lembranças!

Trago nas mãos, uma colcha de esperas. Um querer feito de silêncios, alimentando orvalhos. Guardo nos bolsos, retalhos das manhãs, que recolhi, na vã ilusão de viver um dia. Carrego na alma, palavras inaudíveis que talvez nunca sejam ditas. Trago nas mãos, gestos tão ternos, impossíveis de serem traduzidos.

Labirintos!

Às vezes me perco, nesse labirinto de mim. Procuro nas curvas, nas esquinas, nos cantinhos escondidos da alma por momentos que me tragam a calma, que me devolvam a leveza dos dias. Procuro e procuro e, enquanto vasculho, busco a magia. Levo estrelas nos olhos e olho por todo lado. Ilumino o caminho com o …

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Campo de Girassóis!

Eu quero um campo de girassóis para abrigar esse amor, para não sermos dor e para nunca mais sermos sós. Eu quero a suavidade dos girassóis, para sentir o toque, o teu beijar de calma, da tua alma na minha. Eu quero o encanto dos girassóis, para saber da magia e, à tarde, na tua …

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Certeza!

Haja o que houver, estarei aqui. Nas fendas do tempo, no itinerário do vento, nos confins do mundo, nas sendas do destino, no desatino dos dias, na quietude das noites da minha solitude e haja o que houver espero por ti. Estarei aqui, onde o sol nasce e onde se esconde. Estarei no murmúrio do …

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Devaneios!

Aparta-se dos sonhos. Acomoda-se na angústia de ser quem não é. Deixa que a fragilidade se expanda como quiser. Não sabe como torná-los palpáveis. O medo de parecer diferente, destoar-se perante toda a gente vivendo a mesmice peculiar do lugar ganha a frente, imponente. Entrega-se ao pleonasmo repetitivo de dias iguais. Desiste dos sonhos. Sonhar …

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Tu podes!

Poetiza-me. Deixa-me respirar teus versos. Livra-me dos poderes adversos. Percorre meu interior. Descreve-me em toda versão. Divulga-me assim. Mora na calma da paz de um coração a pulsar, das manhãs, a canção. Vive teus momentos em mim. Inspira-te em sentimentos que falam do amor que evolui e constrói. Reconstrói-me. Sou fruto de sensibilidades, poço de …

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Hoje!

Fico aqui e deixo o mundo para lá. Estática, vejo-o rodar. Livre, com a sensação de não estar. Leve e a impressão de levitar. Ser (im)pensante, esquecida do instante, Isolada do que não posso transformar. Volto-me para mim. Sou corpo no vácuo despejado por alguma turbulência. Não clamo por sobrevivência. Não chego a ser pânico …

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Busca!

Busquei na transparência da manhã motivos para desencadear o riso ante a melancolia exposta em cada rosto, a reviravolta de um ideal deposto, como se fora um grito de agonia, um pedido de socorro, uma premonição, um aviso. Busquei no matiz das cores flores para enfeitar o dia, mas o encanto se murchou junto à …

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Quase!

Quase me deixei levar sem ponderar o certo ou o errado, mas o destino tinha o não tramado e entre o certo ou errado o nada aconteceu. Quase gritei meu sentimento no ápice das emoções incontroláveis, mas fiz falar o meu silêncio. Retrocedi ao arrebatamento. Quase consumei cada momento a crescer na volúpia do voraz …

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