Vânia Ortiz

"Everything may be for a while."

Publicações do autor

Navega!

Vai, adentra as brumas do oceano, desvenda-lhe os mistérios, arranca-lhe os panos, envereda em seus encantos reais e surreais, constrói os seus castelos, povoa-os de ideais e volta para me buscar.

Talvez!

Talvez o tempo reverta a descrente esperança em certeza e me traga a surpresa de um bem inesperado que nem sempre se alcança. Ou o amanhã retroceda ao ontem ininterrupto que se estende ao futuro. Caminho escuro. E tudo fique na mesma. História que tento mudar, rima que não quer mais rimar, poesia que já …

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Mundo!

Sem passaporte, confiando na sorte, meio que se atropelando entre atropelos vagando, junte o que pode juntar e se embrenhe pelo mundo vasculhando o vazio e o fundo, indo aquém e além do que se possa imaginar. Caminhadas aceleradas, um ir e vir sem definição, sem mudanças, mesma direção. “Mens(in) sana in corpore (in) sano” …

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Sonho!

Era um sonho inatingível, fora da realidade, das possibilidades de quem só sabe sonhar. Trancado à sete chaves em um cofre no fundo do mar, um mundo à parte imergindo dons de voar, desses que ninguém invade sem estar apto para tanto, guarnecido de encantos, de sentimentos tantos nascidos do âmago para se soltar e …

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Escrevivendo!

Escrevo o dia que se abre e toda a sensação que me invade ao sentir que nunca é tarde e a vida me chama para recomeçar. Escrevo o ato que se predomina ao escrever definitivamente o fim ou inevitavelmente o começo e tende a se emaranhar nas entrelinhas. Escrevo o crível do tosco monjolo ao …

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Liberdade!

Se faz presente, a liberdade. Onipotente. Súbita. Inopinada. Tão esperada! Em tons de imensa beleza, real singeleza confronta a escuridão da dor. Luz incandescente! Traz esperança. Desativa fendas expostas em solo árido da alma, do ventre, da gente. Pousa em duras pedras. Semeia pétalas. Deixa a abstração, grades de prisão. Metamorfoseia, (e)feito borboleta! Convida a …

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Mudança!

Abandona o cais. Navega. Engole os ais. Enfrenta as tormentas. Tu és capaz. Sai do ventre, rompe a bolsa. Desliza com a expulsão. Respira. Chora. Esperneia. Acata os desígnios da vida. Ela convoca; não convida. Supera idas e partidas, adeuses e despedidas. Recolhe os sonhos. Ainda há. Basta acordá-los e viajar. Escancara a janela. Observa …

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Eclipse!

O sol espia, provoca. inunda, fecunda. evoca, alcança cá, acolá, menos o aqui. Não há como alcançar nem mesmo um raio consegue chegar lá. O girassol se mostra, aposta na manhã, no dia que será. Sob comandos solares põe à prova sua liberdade e se prostra nos lugares a girar. Coração carente, irreverente, não vibra. …

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Indelével!

Não importa se o aço corrói, se o tempo maltrata, se a vida quase escapa. Na estética da flor sempre haverá doçura, uma doce ternura: imaginário do amor, indelével fluidez.

Encontro!

Tão bom nos lembrar tão meu, tão sua: formas enlaçadas almas cúmplices. Tão bom te ter, tão bom te ser: pequenos sóis, delicadas luas, desejos compartilhados, ternuras entrelaçadas.

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