Categoria: Poesias

Sentires!

Na ponta do lápis um mundo se abre: formas, cores, palavras. Sentires, melodias. Na ponta do teclado a existência se descortina: mosaicos de vivências, espelhos da humanidade. Na expressão da arte tudo é possível: mesmo no mais improvável o coração explode.

Dualiades!

Prefiro a dor do absurdo a esse mundo apático corrompido, sem sentido. Prefiro a morte em silêncio a palavras esdrúxulas e aparências vazias. Prefiro ossos rompidos a ideias mesquinhas e condutas banais. Prefiro a poesia abismal a versos felizes ocultando todo mal.

Subliminar!

Tons de voz, Silêncios, gestos, zombarias. O não dito entre o dito: inércia. Arquétipos do inconsciente, sinais contínuos de emoções reprimidas. No silêncio e nas palavras a mensagem grita.

Grito!

No diafragma aberto o (des)concerto do ar: uma música que foi deixada sem letra, sem rumo suplicando melodia.

Novo Mundo!

Enfim, um mundo novo: sem pecados originais e crueldades habituais. Enfim, terra para todos: natureza em harmonia e humanos em sintonia. Enfim, vida em plenitude: beleza primordial e amor incondicional. Enfim, não mais utopia: renascimento das almas compartilhando a alegria.

Poesia!

Trago suspensa nos lábios a palavra poesia. Trago, na ponta dos dedos, todos os versos por escrever. Nos olhos, trago estrofes, métricas, rimas e tercetos. Tantas quadras de ilusão que na forma nunca rimam, mas que enquadram um sentir vasto e profundo, cheio de percalços no caminho, à beira de um abismo. Existo para sofrer …

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Métrica!

Acerta a tua voz pelo rigor da ternura acerta o coração pela violência do grito acerta o teu olhar pelas lágrimas da vida e não pelo discurso, pelo relógio, pelo apito que, milimetricamente, marca a hora certa da entrada e da saída.

Infinito!

Quero alcançar os sonhos, ultrapassar limites, ir ao fim do mundo Em um mergulhar profundo. E, se o inatingível me permite, cruzar a linha do horizonte, atravessar a ponte que une o infinito aonde o sol se esconde. Quero vestir toda a magia, fazer estripulia, abusar da fantasia e em um voo inusitado ver versos …

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Vazio!

Bate-me a solidão. Não sei se vem com o vento, com o tempo, a contratempo, ou mora em mim. Com ela o insano desejo de tardias realizações como se ainda fosse tempo de fantasiar ilusões. Que desejo permanece se o ensejo enfraquece quando se chega ao epílogo e só cabe o fim? Desejo feito de …

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Retrato de Mãe!

Diáfana era aquela luz. Lembrava vida, que em teu ventre havia. Mãe, mulher, Maria! Cristalizaram-se as águas, Puras, límpidas, pacatas. De imenso brilho a manhã surgia. Essência de amor personificada exalando aroma intenso, de incenso, de alvorada. A paz sacramentou o mundo, momento sagrado, fecundo. Em uníssonos, sons pianíssimos, cânticos e hinos, apaziguadores, vindos do …

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