Categoria: Poesias

Felicidade!

Coloca a alma na janela e a luz que adentra por ela descongelará o frio que ficou. Quebra seu silêncio, solta sua fala. Há tanto a dizer: tudo o que calou. Liberta o que resvala, verdade que abala, motivo a que se rende. Nada é para sempre. O bem também acaba. Não deixe que se …

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Minha Poesia!

Junto-me à sensibilidade e à tudo o que lhe faz parte: o suave desabrochar da flor, a beleza infinda do final da tarde, à rima que se perde à revelia e se arrima onde explode a euforia. Ao verso que quer se declarar e, de repente, fala sem falar. À angelical bailarina, à arte que …

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Manhã!

Amanhece. Entrego-me aos braços da manhã confiante na luz a me banhar. Clarão. Aninho-me em seu colo. Decolo. Alma desprendida alcança o céu e o traz para dentro de mim, e o faz fazer parte de mim: liturgia ungida de sacramentos. Portas abertas, meu corpo é templo a contemplar a letargia do momento sacro, na …

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Somos!

Invade a minha vida, preenche o meu contexto, poetiza-me em tua alegria, protagoniza o meu texto. Colore a minha paisagem, reacende luzes apagadas, sejas o sol de todo dia, incandesce minhas madrugadas. Floresce meu canteiro triste, vibra o ardor que em mim existe, ruboriza o tom vermelho, refletindo teu corpo em meu espelho. Ama-me de …

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Enamorada!

Quero entardecer contigo ser o teu abrigo, o final da tarde, o teu arrebol, onde cores descoradas, fracas, embaçadas tornam-se caiadas sem a luz do sol. E, na linha do horizonte, onde o céu se funde com a terra ou o mar, pendurar todos os versos que a própria vida vem nos ofertar: eterna enamorada!

Coração Desajuizado!

Meu coração atrevido desconhece as leis da vida, a gravidade que nos alicerça nessa incrível viagem: voar, levitar, pousar, mudar de patamar. Por mais que tenha vivido nunca se vê abatido, ainda impulsiona o ir embora o físico, sem ar, queira ficar. Não sabe que o tempo passa e a pulsação descompassa, enrosca-se nas entranhas …

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Sem rédeas!

Solto as rédeas. Deixo o pensamento comandar o momento. O importante é me entregar, decolar desse porto sem cais, abandonar o navio, o vazio, caóticas e insolúveis situações. Ir onde ele bem me levar sem temer o que virá, o que verei, o que será. Roletar direções, represar previsões que erram a todo instante, incorrendo …

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Rupturas!

De repente, a expulsão. Rompe-se o cordão, o calor daquele abrigo. A união umbilical rompida pela contração. O frio, o desconforto, o susto que faz chorar, o ter que encarar a separação. O mundo. De repente, cerra-se a cortina, muda-se o cenário, embaçam-se as luzes, tremula a ribalta de um palco improvisado: perguntas impertinentes, respostas …

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Teu Silêncio!

Olho-te bem devagar. Há sempre uma verdade a ser descoberta, uma porta fechada, uma janela entreaberta, uma luz apagada, um brilho varando pela fresta. É preciso desvendar detalhes, tocar teus limites, trocar nossos olhares, concedermo-nos nos ver e, até onde me permites, conhecer o que omites, o que não deixas transparecer, tatear o que me …

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Apelo!

Venha! Venha mais cedo! Venha olhar-me nos olhos antes que fujam, envergonhados, por alguns fragmentos de desejos ousados. Venha! Tenho para você a essência que invade a penumbra. Tenho o aroma dos seus lençóis preferidos. Os mesmos que recendem o infinito e reacendem intensidades. Sei de você antes que se apresente. Apenas sei. Então, venha! …

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