Categoria: Poesias

(In)lucidez!

Prefiro o desequilíbrio lúcido a revirar sentimentos calados fazendo barulho para manter-me viva. A seguir outro compasso na contradança da vida, que contraria e impede a valsa. Prefiro perder-me de vista e reencontrar-me nova, onde se entremeia a pista que, a todo instante, se renova no salve-se quem puder e salvarem-se todos, entre mortos e …

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Súplica!

Impede-me! Tira-me o chão, o rumo, a direção. Corta minhas asas, impede-me de voar! Arrebata-me os sonhos, meu direito de sonhar. Veda-me os olhos: “O que os olhos não veem, o coração não sente.” Mas pressente! Lacra-me o sorriso. Sorrirei com a alma, com a mente. Escreve meu destino, registra-o em teu pergaminho. Cerca meus …

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Versos!

Trago na boca sabor de sol, calor incessante a aquecer o sonho. No olhar, a luz jorrada pelo arrebol, acesa pela esperança de um porvir risonho. Na garganta, a voz rouca de quem silencia o brado resguardado a esperar pelo dia de se fazer ouvir o que a alma fala. Trago nas mãos a calosidade …

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Causa Mortis!

A lágrima já não chora, seca ou deixa de nascer, o riso perde a graça não há razão de ser. A dor se fecha em silêncio, não mais vigora, cansa de doer. O verso que antes sorria e atrevia a inspiração, de morte quer se prover. A arte nobre do artista passa a ser vista …

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Navegante!

Navega, pensamento: cruza os mares, enfrenta as marés, acalma a turbulência, germina os ares da mais pura essência. Desperta os sonhos que geram resplandecência. Junta-te a eles, percorre a luz, inebria-te da luminosidade. Perde-te nesse clarão, fecunda-te de significados, percorre o infinito alheio ao sol eclipsado, ignora a escuridão. Cresce seguindo sempre a melhor direção. …

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Estratagemas (a vida em ão)

Perco o chão prendo a respiração ouço meu coração. Vibro de emoção, morro de paixão, transbordo excitação. Canto uma canção, toco um violão. Digo sim e não qualquer que seja a razão. Fico na solidão só, na imensidão. Grito um palavrão em prol da libertação. Saio da prisão: o sol embaça a visão habituada à …

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Lembranças!

Trago nas mãos, uma colcha de esperas. Um querer feito de silêncios, alimentando orvalhos. Guardo nos bolsos, retalhos das manhãs, que recolhi, na vã ilusão de viver um dia. Carrego na alma, palavras inaudíveis que talvez nunca sejam ditas. Trago nas mãos, gestos tão ternos, impossíveis de serem traduzidos.

Labirintos!

Às vezes me perco, nesse labirinto de mim. Procuro nas curvas, nas esquinas, nos cantinhos escondidos da alma por momentos que me tragam a calma, que me devolvam a leveza dos dias. Procuro e procuro e, enquanto vasculho, busco a magia. Levo estrelas nos olhos e olho por todo lado. Ilumino o caminho com o …

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Campo de Girassóis!

Eu quero um campo de girassóis para abrigar esse amor, para não sermos dor e para nunca mais sermos sós. Eu quero a suavidade dos girassóis, para sentir o toque, o teu beijar de calma, da tua alma na minha. Eu quero o encanto dos girassóis, para saber da magia e, à tarde, na tua …

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Certeza!

Haja o que houver, estarei aqui. Nas fendas do tempo, no itinerário do vento, nos confins do mundo, nas sendas do destino, no desatino dos dias, na quietude das noites da minha solitude e haja o que houver espero por ti. Estarei aqui, onde o sol nasce e onde se esconde. Estarei no murmúrio do …

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